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Monday, June 24, 2013

MANIFESTATIONS AU BRÉSIL: LA FIN D'UN MODÈLE?

Manifestations au Brésil: La Fin d'un Modèle?


Les Brésiliens manifestent contre la vie chère.
Le mouvement a déjà fait un mort et de nombreux blessés. Les contestataires exigent des services publics de qualité et dénoncent la facture du Mondial de football de 2014. Après les Turcs, que signifie ce réveil de la jeunesse brésilienne ? Est-ce le revers de la médaille après cinq années de croissance ?
Nos invités: 

Ligia Maura Costa, professeur à Science Po, Paris et à la Fundaçao Getulio Vargas, Sao Paulo


François Bieber, fondateur du groupe Kwanko (NetAffiliation et Swelen) et chef de la délégation française au G20 YES à Moscou
Jean-Paul Betbèze, PDG de Betbeze Conseil
Jacques Sapir, économiste, directeur d'études à l'EHESS


Thursday, June 20, 2013

LA CONTESTATION AU BRESIL: EST-CE LA FIN DU MIRACLE BRESILIE?

La Contestation au Brésil: Est-ce la fin du Miracle Economique Brésilien? 


PARIS: Amanhã, dia 21 de junho, a partir das 8h20, horário do Brasil, estarei participando da mesa de debate na TV FRANCE24, cujo tema é Manifestações no Brasil: O Milagre Econômico Brasileiro Chegou ao Fim? O programa será transmitido, também, pela internet neste link. No debate, estarão presentes, ao meu lado, Jacques Sapir, economista e diretor acadêmico da escola EHESS (École de Hautes Études en Sciences Sociales), Jean-Paul Betbèze, Presidente da Betbèze consultoria e, François Bieber, chefe da delegação francesa no G20 YES 2013.
O programa de TV é em francês.


PARIS: Demain, le 21 juin, à partir de 13:20h à Paris, je participerai au débat à la TV FRANCE 24 autour du sujet La Contestation au Brésil: Est-ce la fin du Miracle Economique Brésilien? L’access à cette émission peut avoir lieu par internet ou par cable ou satellite. Avec moi en plateau: Jacques Sapir, économiste, directeur d’études à l’EHESS, Jean-Paul Betbèze, PDG de Betbèze conseil, François Bieber, chef de la délégation française au G20 YES 2013.
L’émission de TV est en français


PARIS: Tomorrow, June 21st, at 1:20pm in Paris (GMT +2), I will be joining a debate at TV FRANCE24 about the Protests in Brazil: Is this the End of the Brazilian Economic Miracle? You can watch TV FRANCE24 alive at or by cable or satellite TV. Jacques Sapir, economist and academic dean of EHESS (École de Hautes Études en Sciences Sociales), Jean-Paul Betbèze, CEO of Betbèze conseil and François Bieber, Chief of the French delegation G20 YES 2013, will join me on this debate.

TV FRANCE 24’s debate is in French.



Tuesday, June 18, 2013

BRAZIL SUDDENLY ERUPTS

Brazil Suddenly Erupts


What's happening in Brazil?

Is the Giant awakening?

Watch this debate at #FRANCE24 at:
Link: Part 1
Link: Part 2







MANIFESTAÇÕES NO BRASIL


Manifestações no Brasil



PARIS: Hoje às 19h00 estarei participando de uma mesa redonda sobre as manifestações que estão ocorrendo no Brasil no canal de TV FRANCE 24. O programa pode ser assistido ao vivo no link http://www.france24.com/en/livefeed ou na TV a cabo ou satélite em mais de uma centena de países, mas infelizmente o Brasil não está nesta lista de países. A mesa redonda será em inglês.


PARIS: Tonight at 7:00pm, I will be attending a round table about the recent Brazilian protests at TV FR...ANCE 24. You can watch FRANCE 24 alive at http://www.france24.com/en/livefeed or by cable or satellite TV.

PARIS: Ce soir à 19:00h, je participerai à une table ronde à propos des récentes manifestations au Brésil à TV FRANCE 24. L'access à cette émission peut avoir lieu par internet http://www.france24.com/en/livefeed ou par télé cable ou satellite. L'émission sera en langue anglaise.








Thursday, June 13, 2013

DELATOR QUER SER JULGADO EM HONG KONG

Edward Snowden, que revelou esquema de vigilância do governo americano, afirma que não pretende deixar a Ásia.


Para advogados, não é possível julgamento em Hong Kong por crime ocorrido nos EUA, mas há como retardar processo

JOANA CUNHADE NOVA YORK


O ex-técnico da CIA Edward Snowden, 29, que assumiu ter vazado dados sobre o monitoramento de internet e telefone por parte da Casa Branca, disse querer ser julgado em Hong Kong e combater, de lá, eventuais tentativas dos EUA de extraditá-lo.
Snowden voltou a se manifestar em entrevista publicada no jornal "South China Morning Post", de Hong Kong. No domingo, ele revelou ao diário britânico "The Guardian" que era o autor das denúncias.

"Quem pensou que errei na escolha não compreendeu minhas intenções. Não estou aqui para me ocultar da Justiça, e sim para revelar a criminalidade", afirmou.

"Minha intenção é pedir que os tribunais e a população de Hong Kong decidam meu destino. Acho razoável ser processado, desde que eu tenha garantido o direito de um julgamento e de apelação", disse Snowden. Ele acusou Washington de "tentar pressionar" Hong Hong a extraditá-lo, mas até ontem a Casa Branca não fizera nenhuma acusação nem pedido formal contra Snowden.

Segundo o advogado nova-iorquino Robert Anello, especialista em casos de extradição, Hong Kong --ex-colônia britânica, hoje região da China com sistema judicial próprio-- não pode julgar Snowden por crime cometido nos EUA. "Eles só examinariam os requisitos de um pedido de extradição."

O ex-técnico da CIA poderia prolongar sua permanência na Ásia com recursos em tribunais locais, o que faria um anúncio de sentença demorar anos.

A especialista em direito internacional Ligia Costa, da FGV, vê um "fator positivo" numa eventual permanência de Snowden. "Ele pode ganhar tempo na burocracia judiciária chinesa, que é lenta, como no Brasil."


Outra forma de evitar o retorno aos EUA é o asilo político. Questionado se recebeu uma oferta da Rússia, Snowden disse apenas estar "feliz por haver países que se recusam a se intimidar".

CIBERATAQUES
Segundo o "South China Morning Post", que não revelou em que região da cidade está o ex-técnico da CIA, Snowden afirma que o governo americano hackeou computadores em Hong Kong e na China por anos, o que reforça o histórico de acusações de espionagem na relação sino-americana.

Os alvos das invasões seriam a Chinese University, órgãos públicos e empresas. O jornal não conseguiu checar a autenticidade dos papéis apresentados por Snowden.
O delator calcula que a NSA (Agência de Segurança Nacional) tenha feito mais de 61 mil operações de hackeamento no mundo.

Link: Delator quer ser julgado em Hong Kong. Folha de S. Paulo. 13 de junho de 2013.




Sunday, June 9, 2013

OMC: UM REFLEXO DA EMERGÊNCIA DOS BRICS?

A ascensão do BRICS, Brasil, Rússia, Índia, China e, mais recentemente da África do Sul, criou uma ordem mundial muito mais complexa. Muitos aspectos levam a crer que a saúde financeira da economia mundial depende do que acontece e do que acontecerá com esses países num futuro próximo. Em contrapartida, a ascensão dos BRICS trouxe ventos fortes de mudança para o cenário político e econômico mundial. Por essa razão, é permitido indagar se a escolha do novo diretor geral da OMC apoiado pelos BRICS, o brasileiro Roberto Azevedo, não seria o início desta mudança.

Em 2001, o economista Jim O’Neil, criou o acrônimo “BRIC” ou “países BRIC ” para identificar quatro países em desenvolvimento – Brasil, Rússia, Índia e China. Mais recentemente, este acrônimo foi expandido, abrangendo também a África do Sul. O fato que o conceito BRICS foi idealizado por um economista do mercado financeiro e não por um demógrafo, como Alfred Sauvy que criou a noção de terceiro mundo num artigo para o jornal francês L’Observateur em 1952, revela o quanto que a globalização econômica está moldando os novos atores geopolíticos. A escolha recente do novo diretor da OMC pode ser o primeiro sinal da real importância da união de forças entre os BRICS, para fazerem valer uma política de comércio global diversa daquela desejada pelos países desenvolvidos. É fato que o candidato escolhido tinha o apoio explícito do BRICS, em contraposição ao outro candidato, o mexicano Herminio Blanco, sustentado pelos países desenvolvidos, os Estados Unidos e a União Européia.

Do ponto de vista econômico, os BRICS são uma realidade, apesar dos tempos difíceis da economia mundial pós-2008. Além da importância econômica desses países, fica claro que os BRICS estão buscando, cada dia mais, unir forças diplomáticas para interferir nos rumos do cenário político mundial. Numa perspectiva histórica, a primeira vez que quatro dos países BRICS juntaram suas forças, eles comprometeram os resultados da Rodada de Cancun da OMC – a Rússia não era integrante da OMC na época e não participou das negociações. Ao invés do esperado resultado ganha-perde para o comércio mundial, com a balança pendendo para o mundo desenvolvido, esta união de forças dos BRICS trouxe um resultado perde-perde para todas as partes envolvidas. Todos os atores envolvidos sofreram, ao invés de apenas os países do terceiro mundo sofrerem as conseqüências da liberalização comercial. Não se pode negar que quatro dos BRICS – Brasil, Índia, China e África do Sul – influenciaram, uma vez mais, os resultados das negociações da Rodada Doha. Não se pode, também, esquecer a importante tarefa realizada pelos BRICS na construção do G-20. Nem podemos fechar os olhos para os esforços do Brasil e da Índia para alcançar uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU, ao lado da Rússia e da China. Por fim, o novo status da Rússia, como membro da OMC após quase duas décadas de negociações, já trouxe com a eleição do novo diretor geral da OMC e trará ainda mais força à aliança BRICS, e não só para as negociações comerciais multilaterais como para o cenário político global.

O movimento da balança comercial mundial está mudando e, talvez, de modo irreversível, pelo novo mundo emergente. Não mais se vê o domínio dos países desenvolvidos sobre o terceiro mundo na liderança das discussões comerciais. Isto porque, para usar os dizeres que se tornaram clássicos de Alfred Sauvy, este terceiro mundo tão ignorado e explorado, quer também se tornar alguma coisa. As negociações comerciais globais não são mais como no século passado. O início das negociações para criação de uma zona de livre comércio entre os Estados Unidos e a União Européia demonstra que o mundo desenvolvido já está sentido a força da união dos BRICS e busca, assim, fortalecer a aliança clássica, para fazer frente a esta nova força política no cenário comercial global. Gostem ou não, os BRICS fazem parte do novo cenário geopolítico mundial. Os BRICS devem, portanto, ser levados a sério, pois a posição política que ocupam no atual sistema global só tende a aumentar nos próximos anos e nas próximas décadas. A eleição do candidato a Diretor Geral da OMC, apoiado pelos BRICS, reflete o que está acontecendo na balança do comércio internacional nos dias de hoje e no cenário político global como um todo.

Ligia Maura Costa. Advogada, Sócia Ligia Maura Costa, Advocacia. Professora titular da FGV-EAESP. Autora do livro: BRIC. Doing Business in BRIC Countries. Legal Aspects. (2012). v. 1, São Paulo: Quartier Latin.